domingo, 24 de maio de 2009

Amor invencível

Ele veio de onde jamais poderia

E de um jeito nunca dantes imaginado

Assim como o vento e a brisa têm soprado

E as águas dos rios navegam

Até que no mar vão despejadas


Em meio a este turbilhão

Numa profundeza sem medidas

Nenhuma forma ou maneira incontida

Segue, tal e qual o destino quis traçado,

O desenrolar diário de nossa vida


Vida que vamos deixando atrais

Em atos e fatos consumados

Alternados da rotina ao inesperado

E assim, como a imaginamos protegida,

Num instante é pelo cupido atingida


Seu golpe único e certeiro

Nos transforma por inteiro

E desse instante e em diante

Somos o centro do picadeiro

Embebecidos de amor puro e verdadeiro

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Barriga é barriga (Arnaldo Jabor)

Barriga é barriga, peito é peito e tudo mais.
Confesso que tive agradável surpresa ao ver Chico Anísio no programa do Jô, dizendo que o exercício físico é o primeiro passo para a morte. Depois de chamar a atenção para o fato de que raramente se conhece um atleta que tenha chegado aos 80 anos e citar personalidades longevas que nunca fizeram ginástica ou exercício - entre elas o jurista e jornalista Barbosa Lima Sobrinho - mas chegou à idade centenária, o humorista arrematou com um exemplo da fauna: A tartaruga, com toda aquela lerdeza, vive 300 anos. Você conhece algum coelho que tenha vivido 15 anos?
Gostaria de contribuir com outro exemplo, o de Dorival Caymmi. O letrista, compositor e intérprete baiano é conhecido como pai da preguiça. Passa 4/5 do dia deitado numa rede, bebendo, fumando e mastigando. Autêntico marcha-lenta, leva 10 segundos para percorrer um espaço de três metros. Pois mesmo assim e sem jamais ter feito exercício físico, completou 90 anos e nada indica que vá morrer tão cedo. Conclusão: Esteira, caminhada, aeróbica, musculação, academia? Sai dessa enquanto você ainda tem saúde... !!!!! E viva o sedentarismo ocioso!!! Não fique chateado se você passar a vida inteira gordo... Você terá toda eternidade para ser só osso!!!
Então: NÃO FAÇA MAIS DIETA!! Afinal, a baleia bebe só água, só come peixe, faz natação o dia inteiro, e é GORDA!!!
VIVA A BATATA FRITA!!!
Você tem pneus??? Lógico, todo avião tem!!!

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Agora posso provar

Passados 35 anos em que eu dizia as pessoas ter datilografado todo e escrito partes dos livros do xavante Jerônimo Conta e Jeronimo Sonha só agora os tenho nas mãos. Assim posso comprovar o dito com a página onze na qual os autores citam meu nome quando agradecem aos amigos que colaboraram na edição. Foram editados em 1974/75 e encontrei os exemplares nos sebos de São Paulo, atravéz de busca na internet. Sem dúvida é meu grande presente de aniversario.

Xavantes – Povo Autêntico, primeiro dos autores padres Bartolomeu Giaccaria e Adalberto A Heide (salesianos), completa a série .

domingo, 17 de maio de 2009

Porque sou....

Que sou....
A pureza na vadia
A mente vazia
A viuvez nas solteiras
Do meio a beira
A fala do silencio
O escuro do sol
O liminar da lua
O útil no inútil
Odioso da paz
Que nada leva
E... Nada trais
Totalmente capaz

O rio sem a nascente
Chuva sem a água
Perdão sem a magoa
A vida investida
Comprida, cumprida 
tarefa
Tristeza na festa
O arco sem a flecha
A ruga sem a testa
Devagar com a pressa

Lágrimas sem dor
A madrugada nua
Perfume sem flor
Pródigo de amor
O filho do aborto

A maldade em Deus
Saudade sem o adeus
Volta sem a ida
A verdade doída
e ferida

Complexo
Conflito sem gerações
Detesto
Protesto
Do caminho sou o atalho
A corrente sem os elos
Com você em paralelo
Desfeito
Desisto
Sou SEMI NADA
Existo!!!!!

Dengo 08/12/1976

sábado, 16 de maio de 2009

segunda-feira, 11 de maio de 2009

O ANEL

O aluno chegou a seu professor com um problema.
Venho aqui, professor, porque me sinto tão pouca coisa e não tenho forças para fazer nada. Dizem que não sirvo para nada, que não faço nada bem, que sou um “nerd” e muito idiota. - Como posso melhorar?
-O que posso fazer para que me valorizem mais?
O professor sem olhá-lo disse:
- Sinto muito meu jovem, mas agora não posso ajudá-lo. Devo primeiro resolver o meu próprio problema . Talvez depois...
E fazendo uma pausa completou:
- Se você me ajudar, eu posso resolver o meu problema com maior rapidez e depois, talvez, posso ajudar a resolver o seu.
- Claro professor! Gaguejou o jovem, ms se sentiu outra vez desvalorizado.
O professor tirou um anel do dedo pequeno, deu ao garoto e disse:
- Monte no cavalo e vá até ao mercado, deve vender o anel , porque tenho que pagar uma dívida. E preciso que obtenha pelo anel , o máximo possível. Mas não aceite menos que uma moeda de ouro. Vá e volte com a moeda o mais rápido que puder.
O jovem pegou o anel e partiu.
Mal chegou ao mercado , começou oferecer o anel aos mercadores. Eles olhavam com algum interesse, até quando o jovem dizia o quanto pretendia pelo anel.
Quando o jovem mencionava uma moeda de ouro, alguns riam, outros saiam sem ao menos olhar para ele. Mas só um velhinho foi amável., a ponto de explicar que uma moeda de ouro é muito valiosa pra comprar o anel. Tentando ajudar o jovem, chegaram a ofertar uma moeda de prata e uma xícara de cobre, mas o jovem recusava e seguia as instruções de não aceitar menos que uma moeda de ouro.
Depois de oferecer a jóia a todos que passavam pelo mercado, abatido pelo fracasso, montou no cavalo e voltou. O jovem desejou ter uma moeda de ouro para que ele mesmo pudesse comprar o anel, assim livrar de preocupação o seu professor, para, poder receber a sua ajuda e conselhos.
Encontrou o professor e disse:
Mestre, sinto muito mas é impossível o que me pediu, talvez pudesse conseguir duas ou três moedas de prata, mas não acho que possa enganar ninguém sobre o valor do anel.
- Importante o que me diz, meu jovem. Exclamou sorridente.
- Devemos sabe primeiro o valor do anel. Volte a montar no cavalo e vá até o joalheiro. Quem melhor que ele para saber avaliar e informar o valor do anel?
Diga que quer vender este anel e veja quanto ele dá pro ele. Mas não importa o quanto lhe ofereça, não venda. Traga de volta o meu anel. O jovem foi até o joalheiro e lhe deu o anel para examinar. O joalheiro examinou o anel com uma lupa, pesou e disse:
- Diga ao seu professor que como ele quer vender agora, não posso dar mais que 58 moedas de ouro.
-Quanto? 58 moedas de ouro! - Exclamou o jovem.
- Sim, explicou o joalheiro. Eu sei que com o temo eu poderia oferecer cerca de 70 moedas , mas se a venda é urgente...
o jovem correu emocionado à casa do professor para contar o que ocorreu.
Sente-se, disse o professor, e depois de ouvir tudo que o jovem lhe contou, falou calmamente.
-Você é como esse anel, uma jóia valiosa e única. Só pode ser avaliada por um especialista. Pensava que qualquer um podia descobrir o seu verdadeiro valor?
E dizendo isto voltou a colocar o anel no dedo. Todos nos somos como essa jóia: valioso e únicos. Andamos por todos os mercados da vida pretendendo que pessoas inexperientes nos valorizem. Só o especialista, JESUS, o grande joalheiro, sabe o seu real valor, por isso nunca aceite que a vida desminta isso.
REPENSE O SEU VALOR!!!
Autor deconhecido

domingo, 10 de maio de 2009

Errar é humano...

A Bíblia (Gênesis) relata a criação do homem à imagem e semelhança de seu Criador.

Num determinado momento, Adão incentivado por Eva, cometem o primeiro erro e a punição vem, imediantamente, de Deus:- Você Adão e Eva e toda a tua descendência, doravante, são humanos.

(Gênesis 22. E o Senhor Deus disse: “Eis que o homem se tornou conhecedor do bem e do mal...)”

Fica sub entendido que, Adão e Eva até aquele momento, conheciam e praticavam apenas o certo (bem). É possível admitirmos como o momento de formatação do dito popular “errar é humano”. Desde então, este dito fica aceito como verdade absoluta e passa ditar normas, procedimentos e fundamentar conceitos. O equívoco está na utilização desse conceito nas justificativas dos erros humanos. Verdade seja dita que, à admissão do ditado popular explicita um grave defeito, comum apenas aos seres humanos.

- Você já viu algum gato por a boca no leite quente?

- Alguém já viu água de morro acima?

- Já soube de algum pé de jaca que, naturalmente, produziu maçã?

-As pedras rolam....não pela iniciativa própria.

Há exceções...

Exemplo: presas que adotam e alimentam filhotes de seu predador e vice-versa.

Porém, esta não se trata de violações cometidas por outras espécies. É sim, o fiel cumprimento de uma outra determinação divina: - “Crescei e multiplicai-vos”.

O comum em nosso dia a dia é observamos nos demais entes naturais a obediência de seus desígnios e de maneira permanente e imutável exceto, quando há interferência dos humanos.

Portanto, é concluso admitir que, seres humanos têm o livre arbítrio e este lhes possibilita escolherem entre o naturalmente certo (bem) ou o errado (mal).

O incrível é que o fetio do errado é bem mais difícil, trabalhoso e dispendioso pois é uma violação do naturalmente certo. Uma outra questão é que os erros humanitários, individuais ou coletivos, não ficam encobertos para sempre.

A máxima ficaria melhor assim: - “Errar é um defeito inerente aos seres humanos”.

E a segunda parte é : “perdoar é divino”.

Falando nisso: -Você já perdoou alguém? O que ele lhe fez?

Imediatamente, detalhamos os fatos e afirmamos ter perdoado.

O perdão é divino porque Deus o reservou para Si.

Perdoar implica em esquecer quem e o que este praticou de mal. Tal concessão não nos foi dada.

Porque nós, enquanto seres humanos, jamais esquecemos. No máximo, conseguimos desculpar.

Somente Deus perdoa, pois Ele esquece todo o mal que façamos. Daí a acertiva: “Errar é humano, o perdão é divino”.

CONCLUSÃO:

Errar não é uma virtude. Errar é um defeito dos seres humanos. O natural é fazer o bem. Portanto, antes de cometer qualquer erro humano, saiba que a gente não esquece. Se, de maneira involuntária ou voluntaria, acontecer.... Peça desculpa a(s) pessoa(s) e o perdão a Deus.

Pense nisso...

sábado, 9 de maio de 2009

Conspiração

Quando nos encontramos não tinha que ser

E foi o melhor encontro


Quando nos conhecemos não parecia que ia ser

E foi só encantamento


Quando nos envolvemos lutando pra não ser

Foi só tristeza


Quando desistimos de esquecer

Foi só certeza


Certeza que fomos feitos um para o outro

Certeza que somos nada sem o outro

Certeza que juntos formamos o inteiro

Certeza que sempre seremos um do outro


Fascinação?

Aproximação?

Obsessão?


São duas almas em absoluta conspiração!

Conspiração do mais puro amor...

Autora- Alguém conhecida

Burraldu, u filhu de Francisca

Depois de Burraldu descobrir a sábia maneira de se repartir um ovu, cresceu u entusiasmu na sua busca por sabedorias. Também entendeu que não deve deixar se perder nu tempu das tantas geniais lições de sabedoria como essas repassadas por Dona Chiquinha.
Era um costume baianu das matriarcas, nus finais de tardes e iniciu de noites, se sentar à soleira da porta de casa pra contar histórias, acercada dus filhos e criançada dus vizinhos. Até hoje, o Burraldu desconfia que algumas daquelas histórias são verdadeiras e outras certamente fruto du foclore baianu.
U Certu mesmu é que a criançada adorava ouvi-las.

Um outru dia, u Burraldu ficou apenadu de ver us passarinhos urbanos banhar-se e beber da água emporcalhada de resíduos domésticus que corria meiu-fiu afora até a galeria pluvial. Desleixu de algum ser humanu que não canalizou corretamente u sistema de sobra d'água da casa. Deleixu também dus vizinhus que fazem "cara de paisagem" e suportam aquilu sem nada dizer ou fazer. Siquer eles reclamam aus órgãos públicos que deveriam exigir u saneamentu de tal violação e contaminaçãu dus recursos hídricus naturais. 
Burraldu decidiu aliviar a situação daquelas aves. Ele fez em seu quintal um buracu rasu e acimentadu, pra servir de bebedouru daqueles bichinhus. Notandu que us passarinhus ignorava a sua obra e dela não faziam nenhum usu, Burraldu pensou em atraí-los de alguma outra maneira.
Dias depois,  e ainda a sua obra desprezada, u Burraldu a dividiu nu meiu. De um ladu colocou água e doutru passou abastecer com quirelas de milhu.
Burraldu "acertou na veia" pois imediatamente us pássaros atacaram as quirelas e beberam d' água.
Observandu a comilança dus bichus, u Burraldu viu que nem tudu estava de acordu. Imaginem u brigueiru que se formou... Amargosas, pardais, rolinhas e outros disputandu entre si u domíniu du cumedouru e bebedouru. Meninu! Que pauleira! Alguns danadinhus abandonavam a quirela e partiam pra cima dus outrus de bicadas e de asadas. Uma bagunça e nenhuma hierarquia ou soluções lógicas, du tipu..., pur espécies, tamanhus, machus, fêmeaa e outras... A disputa pela quirela era ferrenha. De nada adiantava u Burraldu aumentar na quantidade. Mesmu abastecendu à vontade us bichus que tava comendu num deixava u outru chegar nu coxu, nem "pur decretu". Burraldu ficou ali observadu u brigueiru injustificadu dus bichus. Pensava se tem cumida por que esta briga?
Foim então que Burraldu se lembrou de uma das práticas de dona Chica. E logu veio a sua mente u entendimentu, du por que a mãe exigia dus filhus comerem daquela maneira. Quandu pequenu, Burraldu e outros dois irmãos menores, por determinação da mãe, comiam na mesma panela. Até um únicu pedaço de melancia era desgustadu pelos três irmãos à colheradas. Alí, vendu o brigueiru das aves pelu alimentu, até pur  uma questão de sobrevivência, u Burraldu entendeu a lição que a mãe queria ensinar quandu ela exigia dus filhus a unificação da  partilha dus aliementus em uniãu..

"Diferentemente dos demais bichos, se não brigam na hora dae partilhar do alimento  os irmãos seguirão unidos na vida".
G Santos

RETRATO DE MÃE



domingo, 3 de maio de 2009

Meu Bem-querer


Eu não Te quero mais,
Eu não Te quero, Sim.
O teu mal querer

Fere o meu bem-querer

O tanto que te quero
Só me faz sofrer
Por querer você

Que não quer a mim

Se não me queres
Eu não te quero mais...
Quero esquecer de ti
Por alguém que queira a mim

Eu quero que seja assim...
Eu não te quero mais...
Deixo o mal querer pra trás
E o meu bem te querer tem fim

Se um certo dia o bem-querer
Existir pra mim e pra você
Será um querer sem fim
Meu inesquecível Bem-querer.


Autor: Ge Santos•